6 de outubro de 2010

Fast Scraps VI

Como grande parte de meus 137 amigos do orkut, sou fã de vendedor ambulante.
Aqui no condomínio passa um cara todo dia em voz melancólica: "olhe o gás e a água mineral, oba!".
Lucinha já fica de prontidão e, trocou Coldplay, Wilson Aragão, Gadu e Cia, por esta cantiga.
Soube que Breno Lemos, estudioso dessa linha e amigo geral, estava vendendo na passarela do Iguatemi, segundo Tércio, um outro amigo.

No por do sol da Barra, entre poesias e a grama, é queijo: "com oregas ou sem oregas", grita.
Nas praias, basta eu olhar alguém vendendo rede de nós e já grito: diga Cipó!
Um vendedor que conheço estava com chapeu grande e sem me olhar disse: "aí, baiano, 50 mangos, vai?".
Eu disse: "Ô mané Pé de Pato, tá doido?". "Epa! desculpe, como vai a galera", disse ele.

Outro dia palestrando numa escola, falei do exemplo de cipoenses ambulantes em Salvador e a menina disse: eu tava vendendo rede e lhe vi lá.
Tá vendo?!
Na Argentina, um me falou que chega nas casas e grita: "la maca, la maca" no castelhano cipoense que quer dizer: "olhe a rede!" - Em Cipó tem uma rua só de cipoenses/argentinos.

Nos coletivos: sempre vejo um e até sugeri umas frases e deu certo.
Passei a curtir estas coisas quando na feira de Cipó um ambulante gritava cantando: "14 maçãs, é um real, que maravilha!", hoje bem mais caras.
Sei que, se há stress, vai embora com as falas e o sorriso chega com descontração.

E você?

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