Como grande parte de meus 137 amigos do orkut, sou fã de vendedor ambulante.
Aqui no condomínio passa um cara todo dia em voz melancólica: "olhe o gás e a água mineral, oba!".
Lucinha já fica de prontidão e, trocou Coldplay, Wilson Aragão, Gadu e Cia, por esta cantiga.
Soube que Breno Lemos, estudioso dessa linha e amigo geral, estava vendendo na passarela do Iguatemi, segundo Tércio, um outro amigo.
No por do sol da Barra, entre poesias e a grama, é queijo: "com oregas ou sem oregas", grita.
Nas praias, basta eu olhar alguém vendendo rede de nós e já grito: diga Cipó!
Um vendedor que conheço estava com chapeu grande e sem me olhar disse: "aí, baiano, 50 mangos, vai?".
Eu disse: "Ô mané Pé de Pato, tá doido?". "Epa! desculpe, como vai a galera", disse ele.
Outro dia palestrando numa escola, falei do exemplo de cipoenses ambulantes em Salvador e a menina disse: eu tava vendendo rede e lhe vi lá.
Tá vendo?!
Na Argentina, um me falou que chega nas casas e grita: "la maca, la maca" no castelhano cipoense que quer dizer: "olhe a rede!" - Em Cipó tem uma rua só de cipoenses/argentinos.
Nos coletivos: sempre vejo um e até sugeri umas frases e deu certo.
Passei a curtir estas coisas quando na feira de Cipó um ambulante gritava cantando: "14 maçãs, é um real, que maravilha!", hoje bem mais caras.
Sei que, se há stress, vai embora com as falas e o sorriso chega com descontração.
E você?
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