15 de outubro de 2010

Fast Scraps IX

Na próxima eu encurto mais e, para ser rápido, em função do dia 12 de outubro agregar duas reflexões importantes: religiosidade e criança, a partir de minhas leituras, procuro manter as seguintes identidades:


Religiosidade: No limiar da última infância, fui sacristão e olha que em épocas de professor, alguns alunos tinham em mim, algo de ateu, por ser professor de História e sempre em conflito entre o evolucionismo e o criacionismo.
Sim, quando sacristão, ainda participei de dois momentos: uma peça teatral no papel de José conduzindo Maria e Jesus num jegue/jumento que tomara emprestado a meu tio Nelito e, olha que por azar o animal fez cocô em pleno altar das solenidades e apaguei as luzes da igreja antes da saída das pessoas e, a professora Odete, na época tomando conta da igreja, hoje em companhia de minha bisavó Carrola, me chamou de patão, entre os corredores religiosos.
Estas situações não fizeram eu deixar as raízes católicas, sempre com saudades da professora Odete, indo aqui em Salvador em algumas missas dominicais na capela próximo ao condomínio.
E neste dia, passo por estas reflexões em Nossa senhora Aparecida, que a gente aprende fazendo, numa visão pedagoga de Freinet.

Criança: Pelo cenário das tecnologias, procuro fazer o que todas as crianças fazem, com um ingrediente a mais dos tempos que eu era criança:
Brincadeiras perigosas: furão, mão no bolso, soldado ladrão, garrafão, ABC
E mais leves: Barra bandeira, circo de quintal, gude, pedrinhas e etc, eram constantes.
Já adulto, nas aulas sempre interpretava uma música de Dércio Marques que mostra um mundo ao contrário, onde Joãozinho e Maria comeram o dedo da Dona Bruxinha, o lobo bonzinho maltratado pelos cordeirinhos e numa linguagem mais direta, as aparências enganam e nem tudo que pensamos ser, realmente é.

"Taí" um pouco de mim...
 
E VOCÊ?
 

 
Era uma vez um lobo bonzinho

que era maltratado pelos cordeirinhos
e havia também a bruxa formosa
o príncipe mau e o pirata honrado

Era uma vez uma princesinha
que beijou o sapo e virou rãzinha
E havia também o João e a Maria
que comeram o dedo da dona bruxinha

Todas essas coisas de cabeça pros pés
quando eu sonhava um mundo ao revés

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