Como esta modalidade de scrap tem sua vida limite até o número 20, faz-se necessário postar ênfase em parte dos nordestes que nós temos e confesso que ontem bateu uma saudade enorme do nosso sertão em plena efervescência litorânea.
Digo assim, porque pude prestigiar um concerto lítero-musical no 3º Pavilhão de Letras da UFBA e o Grupo Sertanília, viajou legal pelas boas canções e poesias de João cabral, Patativa, Gonzaga, Xangai e Elomar, faltando Wilson Aragão, mas, foi assim, porreta, contrariando qualquer fala nociva aos nordestinos como as de Mayara Petruso que poderia sentir o bom cheiro da caatinga e dos bons sertanejos que somos, vendo bode lamber pedras na certeza do bom sal, o cambuí do bom licor e os causos do bom vizinho. Aliás, mesmo nas lendas afro-africanas, o mal não se paga com o mal, mas, com a possível recuperação do mal, nas possibilidades das regras.
Só para lembrar, indicado por Olorum para fazer o homem, Ogum começa a partir do barro, moldá-lo e colocando ao forno, por tomar umas doses, fez aparecer alguns mais ou menos assados, sendo que na distribuição pela terra, os branqueados enviou para a Europa, os amarelinhos para a Ásia, Oceania e América e os mais torrados ficaram na África mesmo, indicando assim que todos somos frutos do mesmo barro. Se for possível, leiam lendas da África e atente que tudo termina em festa.
Exatamente como este FAST SCRAP que nasceu de uma apresentação lítero-musical que estaria sendo aplaudida pelos Nordestinos gonçalves Dias, José de Alencar, Castro Alves, Gonzagão e Gonzaguinha, se não estivessem em companhia a minha bisavó Carrola que muito cantou e dançou o reizado, às vezes, nas passagens de Lampião, Conselheiro e Glauber Rocha, pelas áreas do Rio Itapicuru, tão bem aproveitadas pelos quilombolas, assentamentos e comunidades rurais que muito me inspiram nas interações do amor. Sim, exatamente como este FAST SCRAP que se encerra com o fragmento da última música cantada pelos Sertanília, orgulhosos por tocarem pela primeira vez no Brasil, já que iniciaram com apresentações na Europa:
"Já que tu vai lá pra feira, traga de lá para mim. Água da fulô que cheira, um novelo e um carrim. Traz um pacote de miss, meu amigo ai se tu visse aquele velho cantadô..."
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