10 de março de 2011

OU ISTO OU AQUILO



E com a presença do programa Na Carona, em Cipó, caso fosse em tempos medievais, seria apedrejado e colocado sob os monturos do vajado. Na época, peguei o gancho do programa da TV Bahia que estaria filmando as águas thermais do Jorro e neste embalo, não podendo ter como ênfase as águas thermais de Cipó, até porque Tucano quem contratou e, Cipó foi na carona dos valores, mesmo as thermas sendo mais suaves e aprazíveis que as do Jorro em tucano e, é assim que falam os bons banhistas tradicionais, pude entre outras paticar a criatividade.


Récem reconhecidas as comunidades quilombolas da Várzea Grande, Caboge e Rua do Jorro, através de pesquisas de minha autoria. Neste embalo presencial da TV Bahia, pela oralidade dos mais velhos griôs quilombolas, planejei uma encenação nas margens do Rio Itapicuru na afluência com Rio Quente, separador das duas comunidades, tendo em João Romão, o contador da história de ligação entre as comunidades, deixando claro que foi de um banho no rio, que Maria Caboge e Nucêncio da Cruz namoraram e nesta e n'outras relações, surgiriam os remanescentes, hoje espalhados por toda região e alguns fincados nas referidas comunidades, com casamentos entre primos, coisa que lhes são característicos.

Daí, os bandeirantes com educadores oriundos de Itabuna, além de Tereza Rocha, mostraram a diversidade das atividades do grupo. Também veio do Calumbí, como sempre a sanfona de Carlinhos de seu Zé Verde, além da zabumba de Luduvico, presente em todos os eventos que eu organizava, tanto na época do Odara como na Secretaria de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer, na boa assessoria de Luana, Denda e Rosivânia, além da turma dos parques e afins.

Os trabalhos terminaram com a descida de rapel da repórter do Na Carona que se fez nervosa e os instrutores Bertinho e Gilian de igual maneira. A sorte que lá embaixo estavam seu Nelito e Profº Evandro que iriam receber a assustada jornalista e para a alegria de todos: tudo na paz!

O Making Off mais interessante foi na pizzaria Beijo Frio que ao se solicitar algumas cervejas tipo skol, bebidas quentes ou afins, não teria no momento. Chamando o amigo Alberto Leone, proprietário, pude dizer por baixo das cortinas que em cidade turística não se pode dizer que não tem. O que custaria pular a janela da pizzaria e correr em direção a Nina, Kulu ou Zé do Clube para pegar a bebida em carência no momento. E foi assim que aconteceu.

O programa foi apresentado em junho e na época, Arildo zangado comigo e que Deus o proteja sempre que é uma figura folclórica e de raiz em nosso município, com suas tecnologias que vão da Voz do Cine Leone ao Twitter, colocara em tom de chateação: -Como é que pode. Só se viu pouco das águas thermais. cadê você secretário. E lá fui edentre muitas vezes, explicar alegremente e descontraído que o dinheiro pago foi da prefeitura de Tucano e que Cipó pegou este embalo e nos embalos do sábado Na Carona, na carona seguimos com nosso documentário e a nova mentalidade de cultura que estaria nascendo naquela época: o advento das comunidades quilombolas.

Sei apenas que Tucano nem aumentou e nem diminuiu a presença dos ônibus que dioturnamente aparecem com o turismo das águas thermais e que de igual maneira, Cipó nem aumentou, nem diminuiu a tranquilidade da praça em silêncio, por esta filmagem e que ficou sim, um caminho aberto para ampliação de conhecimentos culturais da população cipoense e dos universitários e pesquisadores de vários lugares.
 

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