21 de fevereiro de 2011

Aconteceu! Virou Manchete!!

Sim!!

Presidente de associações Juarez e Ministra da Igualdade Racial Luiza Bairros


Aconteceu o encontro do Coletivo Dois de Julho no Bahia Mar Hotel, que significa entre outras coisas, a plenária do Deputado Federal Luis Alberto, com presença entre outros, da Ministra da SEPPIR, Luiza Bairros.


A quem interessasse pudesse, teria três minutos de fala e mesmo chegando já em andamento, fiz inscrição entre os 13 falantes.

A fala foi produzida enquanto estava sentado, ouvindo alguns outros e ao me chamar, destreinado de microfones, disse para quebrar este frisson, que o mundo atual na ligeireza da vida, é interessante, onde estava ali sentado e entendi que o twitter nos limita a 140 letras, o facebook 420 letras e o encontro aqui, três minutos ou 180 palavras e pude dividir em três partes, onde:

No primeiro minuto, me apresentei entre outras coisas, como representante da ASTEFIRBA e apontando as injustiças de nossos vencimentos quando comparados em percentual com outros e que vem diminuindo ano a ano.

No segundo momento pude falar de minha cidade e das questões sócio políticas...

No terceiro momento, afirmei que ano a ano, a nossa auto estima vai diminuindo o fôlego e já não se tem o mesmo gás como de antes, pedindo que se alguém encontrasse um melhor caminho para causar ânimos que oriente para tomar novas direções, novos encaminhamentos.

Fechados os três minutos, agradeci o espaço, ao deputados e aos presentes solicitando que revejam uma nova forma de seguirmos em frente nos avanços sociais.

19 de fevereiro de 2011

TEM QUE FAZER E REPASSAR!



A net tem disso: mandam coisas de Jesus, de Deus, Alá, Buda, Olorun, Iansã, Iara, São Noure, com pessoas pedindo ajuda, desaparecidos e às vezes, mesmo sem vontade de fazer em alguns momentos,  os medos fazem a gente ter que fazer, passar e repassar de forma impositiva e não solidária.
Um dia recebi um para ler e de imediato não consegui fazer a leitura e fui me afastando e li: falta de sexo causa cegueira.
Eu disse, bem não é comigo. rs.
E terminei por enviar para 20 pessoas e dizia o texto que se não enviasse virava a casaca. ai, ai.
Mandaram um até suave e não é que é curioso? Pede para digitar no google: teste da alma e clicar no primeiro nome da pesquisa e seguir adiante.
Ficou melhor do que leitura de mão na praia por cigana.
Mandaram enviar pra trinta e fui além, pra mais de 150. Huuuu!  Faça também e se não fizer, sei não viu... Ai, ai, ai.

18 de fevereiro de 2011

Você tem fome de quê?

Pude contratar por R$ 300,00, os bons trabalhos da Dilhill Produções, que ficaria encarregada das filmagens e dos pontos de cultura no roteiro: Cipó, Paiaiá, Itapicuru, Casa Grande do Barão de Geremoabo, engenhos de Ribeira do Amparo, Várzea Grande e Cipó.


Aqui fica registrado não a essência do documentário "Quilombolas: Nas oralidades transversais, mas, os bastidores para a produção".

Aconteceu que além do valor do contrato, a logística de almoço, jantar, café, merenda e afins, com possível dormida, da Dilhill, ficaria ainda por minha conta e os recursos já fora dos bolsos.

A ideia de passar por seu Nonô em Olindina, fruto de uma propaganda da Pombal FM, foi o login da viagem e a umbuzada, a senha.

Às oito da manhã, já ouvindo barulhos de giardias, endamoebas e ascaris pela barriga de Hill, não deu outra. A parada em seu Nonô resultou em quatro copos de umbuzada com bolo de leite para a dupla e, em seguida, a continuação das boas filmagens. Não mais que oito reais foram suficientes para o abastecimento.

As filmagens foram sucesso total e deu dez, doze, quinze, 17 e 18 horas e nem lembranças de que comeriam algo. No outro dia, ainda empanzinados pela umbuzada., a produção do filme, trouxe consequências brilhantes, já que estudantes, professores e cidades vizinhas a Cipó, câmara de vereadores, rádio comunitária, prestigiaram este bom material.

Em breve, estarei democratizando mais ainda, este bom documentário pelas linhas da grande rede e por enquanto, esta lembrança entre muitas outras nos analles das oralidades de um olhar.
 
Por enquanto, segue o artigo que vc vê clicando aqui.

16 de fevereiro de 2011

Adaptações Folclóricas II

A quaresma está chegando e as reflexões sobre a boa relação entre os amigos, pares e tudo, devem ser essenciais para o bom andamento dos tempos.

Um colega de Cipó, até hoje é de mal comigo por eu não ter acreditado na fala dele de que ia passando e viu um menino que xingava o pai, virando bicho na estrada ali do Mulungu. Eu disse que poderia ser um jegue e piorou a situação.

Uma vez eu até me assustei vindo do Rio Quente, no breu da noite com um negócio branco se mexendo próximo às mancambiras, calumbis e gravatás. Fiquei arrepiado, mas, na coragem de Vovó Carrola e meu primo Tonho Galo, pude gritar: Não tennnnnho medo! Aí sim, encostei e vi que era uma vaca de Seu Zé Cupan.



Até lobisomem, diz a lenda que surge, quando nasce o sétimo filho homem na sequência e, ainda bem que minha mãe só teve eu, Bada e Nenzinho. Eu só dois: Kbruno e Kbreno... UFA! Seu Sui três: Lula, Issinho e Raniery. Não sei seu Tomás, mas, foi às vezes homens, às vezes mulheres e nunca sete homens encarreirados num total de 18 filhos, eu acho.

De qualquer forma, ficar em época de lua cheia ali na beira rio, no correio, grande hotel ou indo a leilão na roça, nos velados das escolas dos povoados pode ser bom e às vezes não e, quando ouvir um grito assim meio fechado, tipo, urru, urru, urru... Cuidado, pode ser tudo que falei e inclusive nada. Mas, avexe o passo, mire o corredor e não olhe para trás, servindo este conselho pra qualquer lugar.

13 de fevereiro de 2011

Folclore Adaptado

Dizem que Alamoa é uma lenda do norte, mas, eu soube de alguém mais velho que também vez em quando acontece em Cipó.

Falam que é um vulto que fica ali atrás do correio, beira do rio, frente ao grande hotel e na praça...

Tudo após a meia noite.


Dizem que é uma mulher muito bonita que aparece dançando na frente de adolescentes que ficam bebendo até mais tarde no gingado do pagode e aos poucos algum jovem vai se empolgando com a dança e ela leva em direção a pedra grande ou aos escombros do balneário e, chegando lá, a mulher se transforma em caveira.

Já falei com os de cá para não ficar até tarde no jardim...

11 de fevereiro de 2011

Boi não lambe

Ficam as coisas circulando sem mais nem menos... Eu hein!

Alguém neste espaço sabe dizer a frase que está num muro da entrada de Cipó? Não! Não é bem vindo a Cipó. Também não se trata do paraíso das águas thermais ou que ali esteve em prestígio aos bons ares, Genésio Sales, Getúlio Vargas, Assis Chateaubriand, Guimarães Rosa ou todos os cipoenses e passantes que se utilizam da entrada principal da cidade.
Sei que a frase é um pouco grande... É assim, tipo não sei o que. Parece que sei o final... Boi não lambe!
É isto? Pronto...
Encontrei apenas o final e queria saber toda, até uma imagem fotográfica postada para mim, seria suficiente.
Às vezes a gente fica com algumas possíveis besteiras na mente e deseja lembrar a qualquer custo. É que um turista procurou um nome de referencial na pista principal sobre nossa querida cidade e encontrou esta frase.
Não falo em nome da crítica, longe disso.
Quando o turista me falou, até argumentei que uma parte de Cipó tem boa relação com a pecuária e tem até uma feira de gado com a compra, não no peso, mas, no olhar e mesmo encostando, as boiadas são mansas e não lambem ninguém.
Também ficaria inadequado se mudasse para: o boi não lambe Cipó.
- E como eu posso colocar minhas imagens na net ao lado de frases que provam a existência das águas medicinais e o poder de cura já que minhas feridas cicatrizaram com o bom banho? - Indagou o turista.
Alguém pode oferecer alguma sugestão? O que quero mesmo é apenas a frase completa e é a unica frase postada de forma visível na rua principal da cidade que coincide com uma BR, a 110, ligadora de dois estados: Bahia... Pernambuco.
Enfim, solicitar do dono do muro, acho que é o amigo Marquinhos. É sim! A frase pode não ser dele, por se tratar de um domínio popular que passa de geração a geração.
O muro é, e é possível trocar em letras enormes para: "Caldas de Cipó de fato ou Cipó de direito. É bonita de qualquer forma, porque tem seu próprio jeito."

9 de fevereiro de 2011

Noure Cruz comenta:

Revisitando alguns arquivos agora a tarde, quatro bons amigos vieram pelas imagens, nas boas lembranças do Assentamento rural do Pioneiro.


IRMÃ CONSOLATA: Todos os dias pela boca da noite, era comum o motorista do carro da paróquia buscar a linda freira que hoje está no ceu e depois nós íamos tirar xerox de textos e interagir com os bons alunos do Pioneiro, com idade entre 10 e 90 anos.

NUTO: Também descansando no ceu, que mesmo com mãos trêmulas, participava ativamente das aulas, assim como todos os presentes que brincavam até às 22 horas de aprendizagem e sendo bons atores de teatro, quando encenavam Morte e Vida Severina e iam para a Igreja ou nalgumas cidades, fazendo apresentações. Pobre de seu Zé Zaroio que falei assim na igreja: quando eu acenar com o braço, o senhor pode baixar as mãos. E não foi que esqueci e ao final da missa, lá estava seu Zé Zaroio olhando para mim com as mãos pra cima e pra baixo.

DONA BENIGNA: E que coisa linda de se brincar. Eu dizia: Diga Árvore. Ela respondia: avre. Não dona benigna: á.r.v.o.r.e. Ela: avre. E não tinha jeito mesmo e o errado estava no meu jeito, querendo malinar na linguística da mentalidade dos tempos. Mas, numa reportagem, a mesma falara que lá era tudo parecendo bicho mesmo sem alegria e, as aulas deram felicidades ao local. Lembrei de Fabiano de Vidas Secas: Fabiano! Você é um homem.

O PIONEIRO: Inicialmente eu e Irmã Consolata e depois, minhas irmãs, a esposa e cunhada que de igual maneira, pelo crescimento da turma, aliaram-se a esta empreitada e continuaram nesta linda jornada pedagógica. E deu certo. O gerente do banco satisfeito e todos alegres por não precisarem mais colocar o dedão no lugar da assinatura de documentos.

Sem falar de meus alunos que muitas vezes dormiram no assentamento, (inicialmente precisando de notas, é claro, rs), fazendo coisas fora do normal deles, como, arrancar aipim pelas quatro da manhã, tomar café de pilão e passar milho no moinho. Alguns levavam às escondidas, biscoitos achocolatados, mas, descobertos, os biscoitos tinham destino certo: alimento para as galinhas e outras aves. Muitas eu soube pelos amigos do assentamento, que morreram de diabetes, dado o alto teor de açúcar, mas, aí, é uma outra história.
 
Também para uma lembrança geral, envio este vídeo:

8 de fevereiro de 2011

Vale Tudo na Arte

Não consigo enxergar a arte que tem na modalidade "esportiva" conhecida como VALE TUDO...



Um colega que estava em casa, ficou impaciente porque iria fazer uma prova de concurso no dia seguinte e a luta às três horas da madrugada. Melhor que dormiu mais cedo e foi fazer a prova. Sucesso!

Até brinquei que a "arte" em referencial seria no sentido de "estripulia" e argumentei algo quando meninos brigávamos ou arriscávamos algo fora do comum e os pais, vizinhos ou sei lá quem diziam: "Mininos! Deixem de arte". Então esta seria a arte? Não vejo arte em duas pessoas brigando e com um só pontapé, deixa o outro literalmente desacordado, num primeiro round, quando as pessoas queriam ter assistido mais socos e pesadas violentas e cheias de "arte". Arena assim, na Roma Antiga era comum, na política do "panis et circenses". Não condeno quem admira. Apenas um comentário.

3 de fevereiro de 2011

Vecinho, meu santo!

Deixa a vida terrena o nosso grande cantador, poeta, fruto da geração dos anos 60 e amigo Helvécio, conhecido como Vecinho. Compositor de músicas como tema da novela A sombra dos laranjais e, é natural de Heliópolis, terra que tanto amava e mesmo morando em Salvador, com saudosismo e prática, nunca deixou de lado as raizes do interior.


Parceiro de Wilson Aragão em algumas composições e sempre em atividades artístico-culturais deixando a sua marca com o bom violão e a gaita em harmonia num só artista.

No dia 15 de Janeiro de 2011, seu aniversário foi festejado e os olhos constantemente ficavam em lágrimas pelas emoções vividas…

Segue um documento em vídeo, gravado em seu aniversário com músicas do próprio.

Valeu Vecinho, pela boa passagem na terra. A família, os amigos e todos, agradecem a sua linda mensagem.