3 de novembro de 2009

DIÁRIO DO MEU OLHAR - Nº 07 - COISAS DE MINHA TERRA.


Meu olhar em direção ao diário mental hoje, levanta um texto sobre uma negra que descia todos os dias da Rua do jorro, quilombola reconhecido pelo MINC. Conhecida pelos populares de Caldas de Cipó como "Maria Doida", passava todos os dias cantando "Ô DÍ, Ô DÍ, O SEU CABOCO QUI PASSOU PURAQUI."
Eu morava próximo a borracharia, onde hoje se encontra a oficina do Lando e lá pelas quatro da madrugada, a zuada do ônibus que vinha de Pombal, era antecedida com o canto de "Maria doida" que virou figura folclórica pouco lembrada pela juventude atual, mas com este registro, pode ser inserida no contexto das histórias de Cipó.
Maria Doida morreu afogada no Rio Itapicuru durante uma enchente, já que era seu hobbie, praticar estes banhos completamente nua, recebendo o respeito de populares, dado a sua situação de vulnerabilidade. Esta lembrança, reflete o mês da Consciência Negra.

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