23 de agosto de 2017

Equipe 5 - TRILHAS CIPOENSES - VALE DO RO ITAPICURU



POR ARTEMÍSIA

Mais uma trilha, mais uma emoção


Na noite anterior eu, kalius e Altemar ficamos acordados estudando as localizações dos lugares e pontuando cada um dentro da nossa linguagem, para que dessa forma facilitasse a trilha... kailus seria a bússola da nossa equipe. Kkk. O dia surge com a insistência de Lavinia em querer ir para Trilha e eu quase desistindo pois, não iria com ela de moto. Acertei com Waalas: depois do baba Sairíamos rumo a várzea com o nosso rascunho em direção ao primeiro ponto onde o mapa mostrava. Só que a casa estava fechada porém, fui avisada que estavam à espera em outra casa: a casa de Jessica...
Afinal e quem éramos? Ao chegar lá, estavam sentados em um banco, com grande expectativa com os olhos arregalados e um sorriso tímido, uma mesa com saco de pão, uma garrafa der café e diziam sejam bem vindos...
Cheguei, chegando, e quando meus olhos encontraram o de Jessica, voltei ao tempo e vi aquela menina que tirava o meu juízo...
Junto com mais três alunos...A cada passo que eu dava ouvia Jessica dizendo: ‘’ Não disse que era a professora Artemísia. É ela, é a mesma, nunca mudou, a mesma do projeto Renascer... E naquele abraço apertado, agradeci ao Senhor por minha essência não ter se perdido nesse mundo de meu Deus. Altemar enquanto isso era abraçado por suas alunas, e as fofocas e gargalhadas, fez daquele lugar um tsunami de questionamentos, e declarações e desabafos.
Kaius, esse estava observando os momentos em silencio, para capturá-los. Ouço de Jessica “Ai de Nouri que não trouxessem vocês aqui.” Era imensa a alegria em recebermos. Lavínia ao encontra aquele povo todos da mesma cor em uma situação de abandono me questiona. Mãe a trilha é aqui? Sim Lavínia começa aqui. Pensei em não explicar nada, e fingir que não percebia seu olhar de insatisfação. Entre abraços conversas de como havia conhecido Nouri, ouvi as preocupações, as condições de vida precária, o desespero, pois, o poço artesiano está se acabando, a preocupação com uma vala de lixo onde fica os porcos e as crianças tem a acesso. Em fim o lado triste desse povo guerreiro pedindo socorro, e a sociedade omissa, juntos com os seus políticos de temporada. Percebi dois olhares se encontrando e um riso fluindo era uma menina negra linda com seus cachos e olhos aboticados filha de Jessica, sorrindo para minha filha de pele branca, com olhos pequenos também com seus cabelos cacheados. E naquele momento percebi que ela havia se encontrado, com o riso e uma única verdade. “Que somos todos iguais independe de cor, raça, religião e condições financeira” elas corriam rumo ao segundo ponto em uma liberdade e cumplicidade incrível e junto com outras crianças que peregrinavam com seus pais. Foram dispostos a nos revelar o encontro do rio com o riacho. Deparamos-nos com uma vasta caatinga, segundo Jessica aquele cenário tinha sido morada da facção de Alagoinhas onde viveram dias de terror. ‘’ Minha filha nasceu fora da hora devido aos tiros e o medo, a polícia invadiu e ficou aqui. “Não tínhamos acesso, só queríamos que hoje o proprietário cercasse para isolar a gente disso tudo, sentia muita vergonha em dizer que eu morava aqui”. Sobre voltar a estudar... ‘’ Eu gostava até de estudar, mais nunca tive condição, iria me formar para que? viver aqui e assim? “ Altemar respondeu: Agora hoje tudo é mais fácil, você consegue fazer a faculdade de graça Laura complementou é verdade. Depois de passar por cercas, carrapichos, cansanção. És que aparece uma água límpida, um belo cenário de filme e na sequencia ouço os gritos de Lavínia.  “Mae obrigado por ter me trazido, ainda bem que insistir para vim, obrigado” Cenário inigualável, como era possível, a gente aqui querendo conhecer outros mundos com um mundo lindo ao nosso alcance. Sem definição, sem adjetivo, contemplação em êxtase assim estávamos. kalius e Altemar viajavam nas suas câmaras de celulares registrando o momento do meu encontro com a água . Depois dos banhos, e risadas voltamos e passamos em Tuca para vê-la chupar um geladinho. Foi então que fui conhecer um senhora ao lado que dizia “Não quero fotos, estou feia’’ Viemos a mandado de Nouri. A senhora conhece Nouri? Com um abraço apertado olhando nos meus olhos disse ‘’Nouri é tudo pra gente aqui” Por que ele não veio? Ele vira breve, assim respondi. Hoje ele só está presente através dessa galera. Ao partirmos para o terceiro ponto encontramos Brígida com uma mesa posta esperando a gente, um lindo quintal com pavões a sua volta, cheio de maquinários, e a arte em cada canto da casa, como diz Lavínia “parece casa de Novela antiga, mais é muito linda “o descobrir de Lavínia me dava a certeza que aquele domingo estava sendo mágico e inesquecível. Entre carros, motos, e buzinas fomos rumo ao quarto ponto direto ao Engenho da barriguda... Luana gritava oi você conhece o Nouri kkkkk . Mais a certeza dos pontos não falhava kalius insistia e dizia “É aqui, ele conheça Nouri ou não “ kkkk .Entramos ouvi o Senhor explicar como funcionava aquela engenhoca, simulamos ser alguns bois, para entender o passo a passo para se fazer o doce mais complicado, o alimento do pobre com farinha no sertão, a saborosa e doce raspadura de cana. Fomos ao quinto ponto buscar o riacho do rio quente, como no mapa dizia que o ponto era na curva do U, pulamos cerca, tira sandálias, coloca sandálias volta para pular outra cerca e ai ouço Lene que diz “ali é minha casa e no fundo tem uma cacimba, só que eu vi tem 33 anos” Jesus como o trabalho nos escraviza da simplicidade e do prazer. Depois, de abrir e fechar mato concluímos onde seria o ponto, e depois de muitas risadas e fotografias fomos rumo para o ponto seis só que antes tivemos que parar para abastecer o carro. Gasolina? Não! cervejaaaaaa kkk. Entre milharal se escondia, uma maravilhosa arquitetura em estilo medieval, um filtro grande era assim que eu o via quando subia nas árvores do quintal de casa. Agora estávamos ali, diante daquela arquitetura em êxtase parados, maravilhados. Depois de contemplar por fora fomos ao seu interior, os exus atrapalham na subida de muitas, eu minha pressão não permitia subir mais, porem como diz Robério: Foi a melhor experiência da minha vida” Entre estradas e árvores partimos pelo Mulungu I. Fomos almoçar na cutia lá no Bar do joval. Chegamos lá o tempero irresistível de 3 galinhas que wallas havia encomendado entre som, sinuca, cerveja e trilha, trilhamos até a casa de Nai para um desafio surpresa, pegar Dona.Loura nos braços. Entre rodas de carro, e moto, dois estouros de bomba. Eram os pneus do meu carro indo para o ralo...E ai começou a saga tira pneu, coloca pneu, vai buscar pneu. Depois de descansarmos no bar do Deto. Enfim o mecânico Wallas , Rafa e Fred fez com que seguíssemos o caminho. Ao chegar fui logo atrás de Dona Loura, pois, já sabia do seu comportamento, resposta na ponta da língua e não me assustaria com qualquer uma delas. Ao entra em sua casa me disse: “Deixa eu vestir uma calcinha” kkkkkk depois de muita luta, enfim conseguimos convencê-la e para não ficar com zero na prova ela fez o nosso dez acontecer e nos braços de Robério se jogou... E podemos registrar esse momento em uma bela fotografia. Fomos atrás do famoso Quito. Ao entrar na sua humilde casa fomos recepcionados por mais de quatro cachorros de estimação. Seu Quito estava lá muito prestativo, emocionado porem sem ter o que fazer pois, seus instrumentos para fazer suas danças mirabolantes não se encontravam,registramos o seu aió de pesca, sua carroça, seus animais e sua esposa mais e ali ficou mais um momento para nossas lembranças. A casa da Lena no mapa diz que é essa a casa para minha surpresa era casa da família de Mundinho e Nilda ... O satélite não falho nem Kalius também kkk. Família conhecida qual tenho um enorme carinho. Fui entrando com à intimidade que mim é permitida e encontrei Mundinho tirando uma madorna no sofá. O acordei e  convidei para conhecer resto dos trilheiros das aventuras de Nouri.
Ao conversarmos o motivo de estar ali, pedi que ele nos mostrasse seu santuário, e ele mesmo permitiu que eu fosse abrir a porta da capelinha. Ao abrir a porta encontrei um santuário regado de fé, amor e esperança. Seguimos viagem para o encontro de Dona Marieta. Essa também conheço como organizadora dos batuques dos jogos da Canoa. Ela convidou duas amigas e o som do pandeiro das palma e o tambor me fez viajar para cozinha de minha Vó Maria Crescencio e dançar com ela como um dia fiz...E ali esperamos a tarde começar a ir embora. Seguimos para ponte quebrada e lá estava a calmaria e um divino pôr do Sol. Calmaria que só era quebrada por nossas vozes, o barulho dos passos nas águas.

Ali era um lugar de lembranças muito a família de wallas fazia piquenique com farofa de ovo, café , arroz ,linguiça e raspadura. Nem sonhávamos com as lasanhas e tão pouco com os restaurantes kk. Aquele lugar continuava mágico e tantas vezes foi testemunha do meu amor e de wallas. Pensei até em relembram os bons momentos kkkk . Cenário perfeito, assim como seu criador! Fomos rumo à casa das mulheres de popas... Precisávamos esta pronta para a premiação dessa incrível, cansativa, inebriante e maravilhosa trilha. Ao chegar fui recepcionada por uma menina e uma moça, que dizia não ser lá a casa das popas, mais Kalius apostava que sim, pois, nem o mapa nem ele estavam errados. Depois de conversarmos, e dar risadas apareceu D.Detinha confirmando que o vereador Nouri quem gostava de vê esse penteado que me fez lembrar os de D.Maria de Bó... Certeza que ali era o lugar. Todas as mulheres entraram para se produzirem, depois de popas prontas a foto final, para registrar um dia de domingo em um salão ao ar livre, com pessoas encantadoras e alegres. Juntos seguimos para casa com um cansaço, com risos, e uma sensação única e inexplicável... “Esse foi o domingo” Amizades construídas rumo a próximas trilha #trilheirosemaçao#
(Artemísia - Trilheira)

Do sonho chegou o projeto:
TRILHAS CIPOENSES A


postagem é por ordem de chegada. De momento em momento vou postando através do meu blog que faz parte do projeto. Os nomes serão colocados de acordo com o facebook já que tudo é através dele. Na trilha que começou na Várzea Grande, passou por Ribeira, pelos Rios Quentes e Itapicuru, Mulungu, Nai e Loura do Candomblé, Quito das gaitas, a Lapinha de D. Helena, o Samba de D. Cabocla, a Ponte da Passagem, as meninas de popinhas. Muito parabéns a assessoria formada por Luana Garcia (motivação), Maria Emilia, Ronald Anunciação, Brígida Rodrigues, Comunidade da Várzea Grande. jogodotexto























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