30 de agosto de 2017

05 - TRILHA MARIQUINHA MARISQUEIRA



FÁTIMA, A TRILHEIRA DE RIBEIRA DO POMBAL

CRISTIANE BRAGA COM SEU CAMINHO NO RIO QUENTE.

Uma trilheira que veio de Ribeira do Pombal fazer valer a experiência na TRILHA MARIQUINHA MARISQUEIRA. As impressões foram de que não sabia a existência de tão bons lugares cipoenses para  transbordar em alegria o sabor das águas. Ficou de enviar o texto e como não tive os contatos e para fechar essa fase,  houve a ousadia de publicar as impressões que foram por ela registradas em fotografias que vão da casa dos pais quilombolas seu Clarindo e D. Francisca, passando pelo Riacho até o fim da trilha. Cristiane, de igual maneira, desbravou folhagens e com força rompeu cada detalhe de obstáculos que o riacho traduzia em correnteza.
 (por Noure Cruz)



















04- TRILHA MARIQUINHA MARISQUEIRA- CIPOENSES


Leituras da trilha de 500 metros no Rio Quente, através do AfroVan da Rua do Jorro
Assim registrou em fotografias e mensagem, o trilheiro Van:





Gostei muito dessa trilha,
Trilha Mariquinha Marisqueira
Principalmente da caminhada
Dentro do rio,
Nunca imaginei
Que todos fariam
Por causa do medo
ou
frescura,
Mas
Foi muito legal
Os meninos da várzea tocando
E eu também ajudando,
porque também gosto do batuque
Sou quilombola
Como sempre diz Noure.
Uma turma boa que gostei muito
No próximo estarei colado.

(Van da Rua do Jorro)






29 de agosto de 2017

03- TRILHA MARIQUINHA MARISQUEIRA - Cipoenses



TRILHA FORMADA POR Lene, Bia, Cecília, Sandra...


Assim escreveu a trilheira Lene...


A TRILHA MARIQUINHA MARISQUEIRA 
VEIO 
CARREGADA NÃO SÓ DE MARISCOS, 
MAS 
ACIMA DE TUDO 
PROPORCIONOU-NOS UM BELÍSSIMO PASSEIO 
PARA CONHECERMOS A DI-VER-SI-DA-DE ...
PROMOVEU UM ENCONTRO COM NOSSOS ANCESTRAIS, 
DA CULTURA SURGIDA ATRAVÉS DELES, 
DO BELO CANTAR DA MULHER QUE LIA SUAS CARTAS
 PROMOVEU-NOS UMA DESCOBERTA DE CAMINHOS 
NAS MATAS DO RIO, 
QUE EM MUITAS DÉCADAS BANHOU MARIQUINHA, 
SACIOU A SEDE DE MARIQUINHA, 
SACIOU SUA FOME 
COM SEUS BELOS PEIXES
 E DE MINHA FAMÍLIA TAMBÉM.
PAI NASCEU E SE CRIOU LÁ
MÃE TAMÉM
MEUS IRMÃOS
E EU NÃO SAIA DO BANHO DO RIACHO
E AO CANTOS DOS PÁSSAROS, 
AO BARULHO DAS ÁGUAS DO RIO 
SEGUIMOS VIAGEM 
AO SOM DOS CANTORES DA VÁRZEA GRANDE, 
QUE NÃO SE CANSARAM DE CANTAR  NÃO SE CANSAVA DE CHAMAR 
O CHIQUINHO PARA TRAZER  O SAL 
E O MENINO PARA LAVAR O MAR 
E O MAR LAVAR O PÉ DO MENINO.
DESCEMOS RIO ABAIXO... 
COM RISOS...
COM GRITOS... 
COM MEDOS 
E COM VONTADE DE QUERO MAIS!!!

VALEU MARIQUINHA MARISQUEIRA!




TRILHA MARIQUINHA MARISQUEIRA.

Lene, Bia, Cecília, Ladson e Sandra























02 - TRILHA MARIQUINHA MARISQUEIRA


Como fazer essa trilha?

Saia de Cipó após um banho na cascata, segue em direção a estrada da Ribeira e mais ou menos dois quilômetros deixa o carro ou moto ou bicicleta, menos os pés, no Restaurante Chapéu de Couro. Daí anda um pouco até a Comunidade Quilombola da Várzea Grande e procura por três guias para ver a disponibilidade. Se quiser que uma percussão faça acompanhamento cantando coisas de raízes, pode pedir. Os meninos já ficam de prontidão. A coisa mais importante é você ser responsável pelo meio ambiente que estará visitando e as pessoas. Essa trilha é importante fazer com no máximo seis pessoas para sentir as águas, os medos, os peixes e a TRILHA MARIQUINHA MARISQUEIRA. Nome em homenagem a uma grande pescadora no  Riacho de nome Rio Quente. Peça que os guias levem um aió ou arpão para pescaria. O valor do passeio de três horas, mais ou menos, deve ser pago antes de ganhar a trilha no prazer de viver o dia sem stress e com poesia.
Abaixo, o texto de uma trilheira Marcinha Pimentel, sobre as impressões dessa bela trilha.  (Noure Cruz)


Eu esperava um domingo 

Apenas animado, 

Mas o que tive de fato 

Foi uma manhã 

De domingo 

perfeita! 

Participar da trilha 

Mariquinha Marisqueira 

E conhecer um pouco da história de cipó, 

Ter contato com seus ancestrais 

E poder ver de perto a cultura dessa cidade 

Foi com certeza uma experiência inesquecível!

Fazer parte de outras aventuras perfeitas 
Como essa 
É conhecer mais sobre a história dessa cidade 
Que a cada dia me apaixono mais.

(Marcinha Pimenta)

















01- TRILHA MARIQUINHA MARISQUEIRA - Trilhas Cipoenses


Como fazer essa trilha?

Saia de Cipó após um banho na cascata, segue em direção a estrada da Ribeira e mais ou menos dois quilômetros deixa o carro ou moto ou bicicleta, menos os pés, no Restaurante Chapéu de Couro. Daí anda um pouco até a Comunidade Quilombola da Várzea Grande e procura por três guias para ver a disponibilidade. Se quiser que uma percussão faça acompanhamento cantando coisas de raízes, pode pedir. Os meninos já ficam de prontidão. A coisa mais importante é você ser responsável pelo meio ambiente que estará visitando e as pessoas. Essa trilha é importante fazer com no máximo seis pessoas para sentir as águas, os medos, os peixes e a TRILHA MARIQUINHA MARISQUEIRA. Nome em homenagem a uma grande pescadora no  Riacho de nome Rio Quente. Peça que os guias levem um aió ou arpão para pescaria. O valor do passeio de três horas, mais ou menos, deve ser pago antes de ganhar a trilha no prazer de viver o dia sem stress e com poesia.
Abaixo, o texto de uma trilheira Yvinha, sobre as impressões dessa bela trilha ao lado de duas parceiras: Verbena e Jainara. (Noure Cruz)

MARIQUINHAAAA...
Ô de casa! Quem é Ô de fora? É a turma da trilha... A do Nouri. Pois pode entrar e sentar... E foi dessa forma típica e carinhosa que fomos recebidos pelas Mariquinhas em nossa trilha cipoense o qual demos o singelo nome "Trilha Cipoense, conhecendo nossa história " ou simplesmente " Trilha do Nouri" e o oficial: TRILHA DA MARIQUINHA MARISQUEIRA.

Em todos os cantos por onde andamos ouvimos histórias lindas e tristes, mas mesmo as tristes havia poesia. Poesia de que traz consigo o dom da adivinhação, poesia da vida que está prestes a ir por ter tido o privilégio de viver 100 anos e que no momento sente - se com três ao se sentir filha da filha. 
Poesia nas cantigas de rodas de um povo lindo e único remanescente dos quilombos...
"Eu morava na areia... Sereia. Me mudei para o sertão... Sereia, comecei a namorar... Sereia, com aperto de mão. Ô sereiá!
A destreza das Marisqueiras do Rio Quente, a atenção permeada de carinho para esse "povo da cidade" meio que "fresquinho" ao pisar na lama, ao ser enredado por cipós, ao escorregar nas pedras...









Fiquei a observar o sorriso entre elas, achando graça daquele povo "estranho ao ninho". 

Enquanto observava, queria mostrar valentia, dizer que também podia ser uma desbravadora. Ledo engano, cada um tem seu dom, sua perspicácia, sua cultura... 

Falar em Cultura, como é bom conhecer novas culturas, novas pessoas, aprender com elas e ensinar também, em um local em que o preconceito ficou parado sobre a ponte, sem espaço para atravessar o rio. 


Enfim, conhecemos um pouco mais a história do nosso povo, da nossa cultura e tivemos a oportunidade de acrescentar em nossa vida e espírito a beleza de simplesmente nos tornarmos MELHORES seres humanos nesse planeta fantástico chamado TERRA. 

Obrigada a todos que compartilharam os medos e alegrias na TRILHA DA MARIQUINHA, MARISQUEIRA.

Na imagem abaixo, uma homenagem a equipe e a minha Vó Mariquinha que de seu mundo pode emprestar-me as montagens da imagem. De igual maneira os seus filhos Nelito da Mariquinha e Nivaldo da Mariquinha bem como a minha bizavó, deram enormes contribuições e acrescenta-se o lindo cenário do Riacho do Rio Quente e as comunidades quilombolas ribeirinhas.