Outros candomblés podem ser mais puros no seu rito, como o do Engenho Velho de brotas e o Axé do Opô Afonjá, o grande templo da mãe de santo Aninha.
Porém, nenhuma macumba tão espetacular como essa da roça de Gomeia, ora nagô, ora angola...
Ali aprendem os cantos e as danças, a língua nagô, que é ritual dos candomblés.
Pelo caminho encontram dois ou três candomblés que São caetano é caminho de orixás e caboclos, mas, a roça de Gomeia fica mais longe e mais importante.
Não é uma chácara, é templo religioso
Na casa do pai de santo está a camarinha onde as iaôs e as filhas de santo mudam a roupa, quando os santos descem para montar seus cavalos. Ali estão guardados os vestidos mais belos que se possam imaginar. O vestido vermelho espantoso, de palha, que é a roupa de Omolu, o médico dos pobres. Ali estão as roupas azuis e brancas de Iemanjá, a espada de Oxóssi, os instrumentos de Xangô. As roupas alvas e belas de Oxalá, o maior dos santos.
E noutro quarto, o peji. Sobre grandes talhas rendadas, em meio a flores e fitas, vê-se a pedra verde de
Porém, nenhuma macumba tão espetacular como essa da roça de Gomeia, ora nagô, ora angola...
Ali aprendem os cantos e as danças, a língua nagô, que é ritual dos candomblés.
Pelo caminho encontram dois ou três candomblés que São caetano é caminho de orixás e caboclos, mas, a roça de Gomeia fica mais longe e mais importante.
Não é uma chácara, é templo religioso
Na casa do pai de santo está a camarinha onde as iaôs e as filhas de santo mudam a roupa, quando os santos descem para montar seus cavalos. Ali estão guardados os vestidos mais belos que se possam imaginar. O vestido vermelho espantoso, de palha, que é a roupa de Omolu, o médico dos pobres. Ali estão as roupas azuis e brancas de Iemanjá, a espada de Oxóssi, os instrumentos de Xangô. As roupas alvas e belas de Oxalá, o maior dos santos.
E noutro quarto, o peji. Sobre grandes talhas rendadas, em meio a flores e fitas, vê-se a pedra verde de
Iemanjá, a deusa das águas.
No chão tapetado de folhas, os pratos de comida oferecido aos santos: o acarajé, o abará, o acaçá, o xinxim de galinha.
No fundo da casa, enfeitado com bandeirolas está o terreiro. Numa extremidade levanta-se o altar, onde os deuses caboclos e negros e os santos católicos se misturam. Ao seu lado ruge a orquestra "monótona e estridente" de que nos fala Castro Alves no Navio Negreiro. Atabaque, agogô e chocalho, eis os instrumentos. A música parece monótona e aos poucos abalará nervos dos presentes que se sentem sacudidos por uma invencível vontade de bailar. Desde pequeno, as pessoas se habituaram a ouvir esses cantos.
A princípio a dança é simplesmente ritual. Ainda não desceram os deuses. Vem a música mais poderosa, a orquestra ganha nova força, as canções são cantadas por todos. Vem Xangô e Oxóssi, vem o caboclo Pedra Preta cavalgando Joãozinho de Gomeia, vem Oxalá.
As filhas de santo caídas em transe, são levadas para a camarinha onde a roupa da baiana é trocada pelos vestidos do santo. Retornam e a orquestra ganha mais força e a dança já não é bem comportada. São bailados executados pelos caboclos e orixás.
Na sala de jantar, a comida do santo está sendo servida, acompanhada de aluá. Os deuses e os homens dançam em perfeita intimidade.
Isso acontece no candomblé de Gomeia, em noite de macumba que duram dias e dias,e também em cerca de novecentos cabndomblés da cidade da bahia. Cidade negra, branca, cabocla, cidade mulata.
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