Cinco eventos em forma de artes cênicas e artesanais marcaram o dia de
sábado da família Cruz, Noure, Lucinha, Bruno e Breno, este sem ir,
mas...estava nos planos, além de muitos outros que em cada apresentação
fizeram-se presentes. Acredito que o conjunto das cinco apresentações foram
comuns apenas a família que das 14 até às 22 horas teve presença garantida. A
sequência, Lenda das Yabás, Brinquedos que moram nos sonhos, Bonitinha, mas
ordinária, um monólogo que não apresentou nome que antecedeu Mar Morto
Revivido e o próprio Mar Morto revivido. O Espetáculo Lenda das Yabás, fez uma bela viagem com acesso gratuito
do publico, pela ancestralidade africana, deixando bem claro a importância de
Exu nos caminhos da religião de matriz africana. Sempre presente nos caminhos
de todos os orixás, entre eles, Ogum, Shangô, Ewá, etc. Aos poucos, o filho
mais velho, Bruno Cruz, estudante de Psicologia, vem assuntando a curiosidade
frente às tradições africanas e suas influências na Bahia e diálogos de
análises sobre o tema sempre frequentam a sala do apartamento da família.
Não foi uma apresentação cênica, mas, os cenários no Museu de Artes da
Bahia, Corredor da Vitória,
Brinquedos que moram nos sonhos - O brinquedo popular, neste momento,
apenas eu e Lucinha, Bruno já se deslocara para um luau com o amigo Talbert que
tem quase todo final de semana, morada em casa. Sim, a amostra encanta a
crianças e adultos pela força lúdica dos 1.500 brinquedos que a compõem e pela
inventividade da criação popular. Os brinquedos ocupam todos os espaços
expositivos do Museu de Arte da Bahia e estão divididos nas seguintes seções
tema: A Sala de Brinquedos, A Sala dos sonhos, a Sala do Espetáculo, a Sala do
Medo, A Sala das Reciclagens, A Sala do Desafio, A Sala das Representações e a
Sala de brinquedos de madeira. Uma exposição assim, deveria ser visitada por
todas as escolas e seus membros...Ficará até maio de 2013.
A presença seguinte, na peça teatral, Bonitinha, mas ordinária, baseado
na obra de Nelson Rodrigues, o dramaturgo pernambucano, o ex-contínuo Edgard
tem de escolher entre o casamento por dinheiro ou por amor. Apaixonado pela
vizinha Ritinha, que sustenta a mãe louca e as três irmãs, Edgard recebe a
proposta de se casar com Maria Cecília, a filha de Werneck, seu patrão, que fora
currada. A trama gira em torno das hesitações de Edgard e traz tensões e
desfechos surpreendentes, que escondem a hipocrisia e o moralismo de fachada da
classe média que Nelson Rodrigues soube tão bem analisar.
Saindo do Teatro Castro Alves, o palco seguinte foi no Martim Gonçalves,
Canela, Salvador. Antes de Mar Morto Revivido, na sala de espera, um monólogo
foi apresentado na pessoa da atriz Manuela que se fez empregada doméstica de
algum lugar nobre e entre entregas de bandejas sortidas de comidas, um gole de
bebida, com garrafa guardada entre os seios, fazia-se presente e ao final dos
quinze minutos, a interação com um senhor presente ao evento, fez sucesso e
gargalhadas ao pegá-lo para dançar.
A peça Mar Morto Revivido, que apresenta o tema encenado pelos alunos do
Curso Livre de Teatro da UFBA, a partir
dos escritos de Jorge Amado em 1936, conta a saga dos mestres de saveiro e
outras figuras do cais da Bahia em sua luta diária pela sobrevivência. A peça
só não foi melhor pela duração. Quase três horas. Poderia se sintetizada para
uma hora. O tempo desgastou o público e inquietos, eu e Lucinha, pelas peças
anteriores, não conseguimos suportar os cinco minutos restantes, mas, a música,
os atores, o cenário e as adaptações aos tempos de hoje, foram determinantes
para o sucesso da apresentação, solicitando ao diretor que se possível for,
fazer alguns cortes, faz-se necessário. Não está falando aqui um especialista,
um literato, mas, alguém do senso comum que gosta e admira as boas histórias da
dramaturgia brasileira.
Finalizando o domingo e já exausto, não obstante com a mente com novos
conteúdos o retorno pra casa e o diálogo
com os filhos e a esposa, fez-se necessários aos bons conteúdos de uma dia de
domingo em Salvador, sem gastar quase nada, apenas o imaginário dos impostos que se paga no dia a dia, mas...Uma outra história.
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