5 de fevereiro de 2013

Via quase Crucis...DOMINGO, 03 de Fevereiro de 2013




Cinco eventos em forma de artes cênicas e artesanais marcaram o dia de sábado da família Cruz, Noure, Lucinha, Bruno e Breno, este sem ir, mas...estava nos planos, além de muitos outros que em cada apresentação fizeram-se presentes. Acredito que o conjunto das cinco apresentações foram comuns apenas a família que das 14 até às 22 horas teve presença garantida. A sequência, Lenda das Yabás, Brinquedos que moram nos sonhos, Bonitinha, mas ordinária, um monólogo que não apresentou nome que antecedeu Mar Morto Revivido e o próprio Mar Morto revivido. O Espetáculo Lenda das Yabás, fez uma bela viagem com acesso gratuito do publico, pela ancestralidade africana, deixando bem claro a importância de Exu nos caminhos da religião de matriz africana. Sempre presente nos caminhos de todos os orixás, entre eles, Ogum, Shangô, Ewá, etc. Aos poucos, o filho mais velho, Bruno Cruz, estudante de Psicologia, vem assuntando a curiosidade frente às tradições africanas e suas influências na Bahia e diálogos de análises sobre o tema sempre frequentam a sala do apartamento da família.
Não foi uma apresentação cênica, mas, os cenários no Museu de Artes da Bahia, Corredor da Vitória,
Brinquedos que moram nos sonhos - O brinquedo popular, neste momento, apenas eu e Lucinha, Bruno já se deslocara para um luau com o amigo Talbert que tem quase todo final de semana, morada em casa. Sim, a amostra encanta a crianças e adultos pela força lúdica dos 1.500 brinquedos que a compõem e pela inventividade da criação popular. Os brinquedos ocupam todos os espaços expositivos do Museu de Arte da Bahia e estão divididos nas seguintes seções tema: A Sala de Brinquedos, A Sala dos sonhos, a Sala do Espetáculo, a Sala do Medo, A Sala das Reciclagens, A Sala do Desafio, A Sala das Representações e a Sala de brinquedos de madeira. Uma exposição assim, deveria ser visitada por todas as escolas e seus membros...Ficará até maio de 2013.

A presença seguinte, na peça teatral, Bonitinha, mas ordinária, baseado na obra de Nelson Rodrigues, o dramaturgo pernambucano, o ex-contínuo Edgard tem de escolher entre o casamento por dinheiro ou por amor. Apaixonado pela vizinha Ritinha, que sustenta a mãe louca e as três irmãs, Edgard recebe a proposta de se casar com Maria Cecília, a filha de Werneck, seu patrão, que fora currada. A trama gira em torno das hesitações de Edgard e traz tensões e desfechos surpreendentes, que escondem a hipocrisia e o moralismo de fachada da classe média que Nelson Rodrigues soube tão bem analisar.

Saindo do Teatro Castro Alves, o palco seguinte foi no Martim Gonçalves, Canela, Salvador. Antes de Mar Morto Revivido, na sala de espera, um monólogo foi apresentado na pessoa da atriz Manuela que se fez empregada doméstica de algum lugar nobre e entre entregas de bandejas sortidas de comidas, um gole de bebida, com garrafa guardada entre os seios, fazia-se presente e ao final dos quinze minutos, a interação com um senhor presente ao evento, fez sucesso e gargalhadas ao pegá-lo para dançar.

A peça Mar Morto Revivido, que apresenta o tema encenado pelos alunos do Curso Livre de Teatro da UFBA,  a partir dos escritos de Jorge Amado em 1936, conta a saga dos mestres de saveiro e outras figuras do cais da Bahia em sua luta diária pela sobrevivência. A peça só não foi melhor pela duração. Quase três horas. Poderia se sintetizada para uma hora. O tempo desgastou o público e inquietos, eu e Lucinha, pelas peças anteriores, não conseguimos suportar os cinco minutos restantes, mas, a música, os atores, o cenário e as adaptações aos tempos de hoje, foram determinantes para o sucesso da apresentação, solicitando ao diretor que se possível for, fazer alguns cortes, faz-se necessário. Não está falando aqui um especialista, um literato, mas, alguém do senso comum que gosta e admira as boas histórias da dramaturgia brasileira.
Finalizando o domingo e já exausto, não obstante com a mente com novos conteúdos  o retorno pra casa e o diálogo com os filhos e a esposa, fez-se necessários aos bons conteúdos de uma dia de domingo em Salvador, sem gastar quase nada, apenas o imaginário dos impostos que se paga no dia a dia, mas...Uma outra história.

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