DESCANSE EM PAZ, DONA MARIA DA CRUZ
Ontem foi um dia triste para a Comunidade Quilombola da Várzea Grande, de Cipó- Bahia.
Morreu Dona Maria da Cruz, mãe de Valmira, Marlon, Dalida e outros menores que me falta agora os nomes.
Pela manhã de hoje, meu irmão Walter durante a caravana em direção ao cemitério local, ligou logo cedo relatando o ocorrido e me veio em mente as lembranças e a tristeza de uma perda e a alegria de ter conhecido Dona Maria.
Não encontrei uma foto de imediato em meus arquivos on line, mas, pude achar a de Seu Zequinha, o esposo que esteve sempre presente nos momentos de alegrias e companheirismo. Uma foto que tirei para enviar em direção ao programa Caldeirão do Huck, pensando em otimizar sua Brasília que teria adquirido por troca com uma carroça e um burro puxador. Mas, é uma outra história.
Walter em ligação passou o celular para seu Zequinha que chorava descontroladamente e em soluços tentava explicar a perda e por acréscimos, eu dizia que ele era forte e assim teria que prosseguir os caminhos de orientação para a família. Valmira sua filha também falou comigo e o que primeiro anunciou foi que não mais estaria sua mãe Maria na espreita da chegada do carro e de dentro minha saída com máquina fotográfica sempre a buscar imagens lindas da alegria de uma comunidade quilombola.
Maria da Cruz era uma expressão de liderança da comunidade que teve origem nos ainda vivos, seu Clarindo Da Cruz e Dona Francisca da Cruz. A comunidade Quilombola da Várzea Grande após o reconhecimento como comunidade quilombola, pela Fundação Palmares e MinC, através de (Noure Cruz) meus projetos de pesquisas e encaminhamentos, teve importantes visitas e, sua lista de convivências, entre elas, a de Dr Ubiratan Castro, récem falecido, Wilson Aragão cantador, André Maruqes, professor de cantorias na comunidade, Cleendson músico, Mirian Aragão que ensinou os meninos a pintar em pedras, do Deputado Federal Luiz Alberto, do programa Na Carona, do Sebrae, Insituto Mauá, além de prefeitos, estudantes, curiosos, turistas que se contagiam com a alegria de todos os moradores que tem como referencial de atividades culturais, a apresentação dos Jovens Cantores da Várzea Grande.
Dona Maria da Cruz, além de ter sido um importante elo de ligação com outra comunidade Quilombola, a do Caboge, tinha sempre a alegria de interagir com outras comunidades, quando convidada por mim, para o bom samba de roda das Canoas, da Rua do Jorro e de todas as áreas ribeirinhas do Itapicuru.
Assim...Descanse em Paz, Dona Maria.
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