11 de setembro de 2009
Ladainhas do Samba de Roda
Quem nunca ouviu o fragmento musical de domínio popular, "Eu não vou pra São Paulo porque no caminho tem ladeira. Escorrega e cai. Quebra o galho da roseira.", precisa ouvir e o caminho mais curto para esta interação é margear o Rio Itapicuru e pelos paralelos e meridianos de 11° e 38° respectivamente, cantar e dançar nas louvações das rezadeiras e batuques do samba de roda.
Até recentemente, só se ouvia falar destes pontos culturais nas áreas limítrofes de Cipó e Tucano na Bahia, os próprios participantes, não constando nos pultimos censos culturais do estado ou município.
Noure Cruz com seu olhar interacionista, assim como fez nos estudos para auto-declaração de três comunidades afrodescendentes, citando aí Várzea Grande, Caboge e Rua do Jorro, que muito tem contribuido para ampliação da auto estima dos moradores bem como para temas de pesquisas universitárias, com as comunidades ribeirinhas do samba de roda, não foi diferente.
Nas regiões que do Calumbí, Barro Branco e Barreiras e na outra margem do rio, Canoas, Rossadinho e Bananeira, a veia musical da população comunitária de todas as idades, dão brilho e emocionam a quem visita o momento festivo, geralmente chamado de samba roubado ou samba de poeira.
Em recente trabalho,em companhia ao meu irmão Walter que mora na região foco do samba de roda, Santo Amaro da Purificação, conseguimos fretar uma veraneio daquelas que são produzidas a partir da chegada dos caras da Argentina, com balanço positivo da venda de artesanato, cheia de som alto e, levamos os oito cantores para apresentação no Restaurante Cebola e Alho, em Salvador, a convite do Vilanova. Cada grito dos presentes, não menos que duzentos, representava a motivação dos homens da roça a promoverem estripulias em saltos e mariscombonas, dos muitos que observamos nos balés internacionais.
Por Noure Cruz
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