4 de setembro de 2017

Pluralidades Cipoenses...





O porquê de Caldas de Cipó de fato ou Cipó de direito ser bonita de qualquer forma porque tem seu próprio jeito, está no sentido de que as pessoas movem por si só e criam ânimos capazes de preencher lacunas das inquietações do próprio cipoense e suas adjacências. Quatro fatos aconteceramnos últimos dias em Cipó. Uma, pude ter presença. As outras pareciam que mesmo ausente, em funcionamento 3D. Quase que, como se estivesse lado a lado criando e pegando as emoções das manifestações culturais.
Diante dessas interatividades, há momentos que nem lembro quem vai tocar no Sete de Setembro, apesar de criar ansiedades na ideia de que um dia vamos mesclar as oito festas cipoenses com todos os gostos e não numa linha monossilábica. Até porque tirando os cipoenses artistas que preenchem os palcos, os outros servem apenas como fundo musical sem sintonia, em meu caso. Mas, danço, brinco, olho o passante, grito, admiro, bebo, como e coisas afins. Há a alegria de enxergar, abraçar e sentir de perto, de longe, ao lado, cada festante do Sete de Setembro nas praças do forró e principal, bem como o dia seguinte fazer-se caminhante da via sacra na procissão quilométrica.
Esses quatro fatos posso até afirmar que são novos aos nossos olhos e mesmo que algum mais antigo cria-se em ineditismo e assim posso falar: - Cipó é recheado de mistérios, cultura e efervescência de movimentos.
Vamos aos fatos:
- Vi o amigo Darinho nas maravilhas de um Box de praia nas areias cipoenses do Rio Itapicuru em homenagem ao amigo Marcio Anunciação que não conseguimos enxergá-lo em rede, sem as homenagens aos maiores boxeadores de todos os tempos.

Darinho é múltiplo na linhagem de entusiasta. Queria que Cipó tivesse um teatro. Seria prato cheio assistir comédias no protagonismo de Darinho. Entra ano, sai ano e lá está em alegria com a família, os amigos, os vizinhos, a vida social, enfim... Daruanda Junior.
- Vi o balé cipoense! E com outra variação da Família Alves. Cipó já deve mudar de eixo e agregar novos nomes na consolidação de sua formação cultural. Preserva-se a identidade dos Leone, Macedo, Rodrigues, Brito, Anunciação e agrega novas fontes culturais.
Que balé lindo! Quantas linhas de frente para o futuro! Cristiane Costa! O Salão Maria Bonita que não foi palco de Georgina Erismann com seu piano que muito tocou e recitou no Radium Hotel, fez-se homenageada sem ter sido essa a intenção, em tão belo espaço clássico e tentador.

- Vi a Cavalgada de João Cruz: É naquele trecho do Rio Quente, pelo Chapéu de Couro que há uma linda harmonia entre passado e presente. Se naquela área minha bisavó Carrola em muito esperava no alpendre de sua casa o reisado chegar do alto da Avenida, com a Cavalgada não é diferente. João e sua família e que é minha pela linhagem de Tio Nelito, irmão de meu pai Nivaldo, lá de prontidão fica para esperar os cavaleiros de todos os corredores de Cipó e Ribeira do Amparo. Faz lembrar a trilha dos cavaleiros de 1952 quando saíram de Nova Soure em direção a Cipó, os 600 cavaleiros do Nordeste para o receptivo de Getúlio Vargas, sob a liderança de Guimarães Rosa. João é ele com seu chapéu de couro.
- Vi as trilhas cipoenses! Sim! Não só vi como interagi em organização. É uma mistura de descontração, brincadeira e reflexão sobre confluenciar amizades e melhorar os textos práticos que muito temos em vivências e não digitamos, não escrevemos e ainda bem que a oralidade é o melhor dos tesouros para fixarmos na história. Passamos pelos engenhos senhoriais, pelas comunidades afro, pelo Castelo da Embasa do Mulungu, os corredores das rezas e sambas de roda da Bananeira/Canoa, as Popinhas do Calumbi e por ai descamba para o riacho do Rio Quente e que delícia.
São apenas quatro fragmentos de acontecimentos sem colocar os
muitos que existem e percorrem todo Vale do Itapicuru do Cauanga ao Curral Novo e o centro urbano de nossa cidade de Caldas de Cipó.









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