17 de julho de 2011
O SUSTENTÁVEL PRAZER PELA LEITURA
Começar tão pequeno texto entendendo que as pessoas que não são leitoras têm a vida restrita à comunicação oral e dificilmente ampliam seus horizontes, por ter contato apenas com idéias próximas das suas nas conversas com amig@s, não é de bom grado, até porque a oralidade de hoje, se é transmitida pelo tato entre os dedos e as teclas de direcionamentos na net onde cada mensagem mesmo em forma de kkk, parte de um princípio, ora de pesquisas de vídeos, de práticas do dia a dia, ora de links que combinam com as leituras de cada um.
Folheando duas de minhas leituras, a Nova Escola e a visita prática, logo de cara na linha das primeiras idades, observei que as crianças já nascem no mundo da leitura com palavras carinhosas dos pais e é aprendizagem, como é no contato social e deixar ao alcance dos pequenos, o livro que estimule a observação de figuras multicoloridas e às vezes a prática de leituras destes, já as integram ao cenário do incentivo à leitura.
Na visita prática, encontrei Dona Vivi em seu sofá, nos caminhos do Alto das Pombas, próximo ao Calabar,Salvador,em delícias na degustação das palavras do livro O Cortiço de Aluisio Azevedo, lendo calmamente e passo a passo o desenvolver da história e sempre ligando com a atualidade, um cenário que remonta o Rio de janeiro do século XIX.
Fragmento do livro O Cortiço..."[Jerônimo] cedendo às imposições mesológicas, enfrentava a esposa, sua congênere, e queria a mulata, porque a mulata era a volúpia, era fruto dourado e acre destes sertões americanos, onde a alma de Jerônimo aprendeu lascívias de macaco e onde o seu corpo perejou o cheiro sensual dos bodes. Amavam-se brutalmente, e ambos sabiam disso. Esse amor irracional e empírico carregara-se muito mais, de parte a parte, com o trágico incidente da luta, em que o português fora vítima.[27]"
E entenda que perguntada sobre o conteudo, dona Vivi, quase cem anos, afirma em suas breves palavras que a juventude hoje está perdida e como é que a escola passa um livro destes como tema paradidático aos alun@s que já são tendenciosos aos caminhos mundanos.
Bom seria se realmente a leitura de hoje fosse assim, dona Vivi e, uma outra coisa é que o livro expõe o cotidiano de outros séculos e agora tá bem pior...
O bom de tudo é que leituras e leituras, são sempre interessantes e essenciais ao bom estilo de acomodar-se numa poltrona e se conviver com as maravilhas de uma criança a passar página por página de um livro com ilustrações de bom entendimento ou nos limes da idade, percorrer com o dedo cada palavra que preenche o conteudo de um livro impresso. Entre essas idades, os dedos também valem para se justificar a boa prosa e a ampliação do conhecimento na dinâmica do mundo intitulado de pós moderno da cultura informacional.
Noure Cruz em 17 de Julho de 2011
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